Ao longo do tempo houve uma evolução dos modelos atómicos, pois os cientistas foram criando imagens dos átomos baseadas nas observações das experiências que iam realizando. Houve os seguintes modelos ao longo do tempo:
Modelo Atómico de Dalton
O professor da universidade inglesa New College de Manchester, John Dalton foi o criador da primeira teoria atómica moderna entre o século XVIII e o século XIX.
No início do século XIX, o cientista, imaginava os átomos como sendo corpúsculos indivisíveis e indestrutíveis.
Dalton |
Modelo Atómico de Thomson
Nos finais do século XIX as experiências realizadas com tubos de descarga revolucionaram o mundo científico.
Quando nos terminais de tubo de descarga, com um gás rarefeito no seu interior, se estabelecia uma grande diferença de potencial, observava-se no seu interior uma fluorescência esverdeada que é independente da natureza do gás e do metal que formava os eléctrodos.
O físico Joseph Thomson, explicou que esta fluorescência resulta de partículas com carga eléctrica negativa provenientes do cátodo que chocavam com o vidro. Esta partículas foram designadas por electrões.
Isto levou-o a imaginar que que os átomos eram corpúsculos de carga positiva onde se encontram dispersos os electrões, com carga eléctrica negativa, em número suficiente para a carga global ser nula. Surgiu, assim, o primeiro modelo de átomo divisível.
. Os átomos são divisíveis
. A maior parte do átomo é constituída por uma esfera maciça de carga eléctrica positiva
. No interior do átomo existirão encastrados pequenas partículas de carga eléctrica negativa – Os electrões
Modelo atómico de Rutheford
O modelo de Thomson foi superado após a experiência de Rutherford, quando foi descoberto o núcleo do átomo, originando um novo modelo atómico conhecido como modelo atómico de Rutherford.
No início do século XX, o cientista Ernest Rutherford realizou uma experiência que permitiu imaginar melhor os átomos por dentro. A experiência consistiu em bombardear com partículas uma delgada lâmina de ouro (tendo cerca de 10 000 átomos de espessura).
Durante essa experiência, Rutherford observou que:
-as partículas, na sua maioria, atravessavam a lâmina de ouro sem sofrer desvio;
-as partículas em número muito menor eram desviadas, chegando a voltar para trás.
Experiência de Rutherford
1 - partículas que não se desviam
2 - partículas que se deviam
3 - partículas que voltam para trás
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Concluiu assim que:
-a maior parte do átomo seria espaço vazio (por isso, muitas partículas atravessavam a lâmina sem se desviarem);
-no interior do átomo, haveria uma zona central muito pequena, com carga positiva, onde estaria concentrada toda a sua massa
Segundo Rutherford os átomos são constituídos por:
- um núcleo muito pequeno, com carga positiva onde se concentra toda a massa do átomo;
- electrões com carga negativa movendo-se em volta do núcleo, tal como os planetas se movem em volta do Sol.
Em 1911, Ernest Rutherford propôs assim, o primeiro modelo planetário do átomo.
Modelo Atómico de Bohr
Em 1913, Niels Bohr, completou o modelo de Rutherford com as seguintes ideias:
- Oo eletrões movem-se à volta do núcleo em órbitas circulares;
- a cada órbita corresponde um determinado valor de energia;
- os eletrões com mais energia movem-se em órbitas mais afastadas do núcleo e os que têm menos energia movem-se em órbitas mais próximas do núcleo.
Modelo da Nuvem Electrónica
Actualmente está posta de parte a ideia de órbitas circulares para os electrões.
Os electrões dos átomos movem-se de modo desconhecido, com velocidade elevadíssima, formando uma espécie de nuvem que não é uniforme: a nuvem electrónica.
A nuvem electrónica é mais densa próxima do núcleo, onde é mais provável encontrar os electrões e menos densa longe do núcleo, onde é menos provável encontrar os electrões.
O modelo atómico actual é o modelo da nuvem electrónica.
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