sábado, 27 de setembro de 2014

Cálculos e expressões

Z = nº atómico = nº de protões 

Nº de massa = nº de protões + nº de neutrões <=>
<=> A = Z + N <=>
<=> N = A - Z 

2n= expressão que delimita o nº máximo de electrões por níveis de energia 

Massa atómica relativa = Ar 
(média ponderada que têm em conta os isótopos naturais estáveis e a sua abundância na natureza) 

Massa Atómica Relativa de um elemento químico


  • Relativa - porque é em relação a um padrão
  • Elemento químico - tem em conta os isótopos estáveis do elemento químico;
Inicialmente o Hidrogénio - 1, actualmente 1/12 Carbono - 12, a que corresponde 1 unidade de massa atómica.



Massa atómica Relativa = Ar


Exemplo:

Ar (s) = 32,07

Leitura: a massa atómica relativa do Enxofre é 32,07


Ar (s) - massa relativa do Enxofre 
32,07 - (obtido pela leitura da T.P. (tabela periódica) significa que a massa atómica relativa é 32,07 vezes superior à massa atómica do padrão (Hidrogénio - 1 ou 1/2 Carbono - 12)


  • Calcula a massa atómica relativa do enxofre (Z (s) = 16)

- Isótopos naturais

Enxofre - 32

Enxofre - 33 

Enxofre - 34

- Abundância na natureza

95% (enxofre - 32)
0,8% (enxofre - 33)
4,2% (enxofre - 34)


Ar = (32*95 + 33*0,8 + 34*4,2) / 100 = 32, 092


  • Porque razão a massa atómica relativa de um elemento químico não é um nº inteiro?
Porque a massa atómica relativa é uma média ponderada que têm em conta todos os isótopos naturais estáveis e a sua abundância na natureza.  





  

Átomos, iões e as suas nuvens electrónicas


O átomo é uma partícula neutra quando:

nº de protões = nº de neutrões

... quando isto não acontece o átomo torna-se num ião com carga eléctrica.


Todos os átomos com o mesmo nº de protões pertencem ao mesmo elemento químico, ou seja, um elemento químico é o conjunto de todos os átomos com o mesmo nº de protões.


Nº de protões <=> Nº atómico 


Caracteriza um 
                 determinado elemento químico



  • Exemplo:
Z (H) = 1 
(o nº atómico (Z) do elemento químico Hidrogénio (H) é 1)


  • Nº de massa
Nº de massa = Nº de protões + Nº de neutrões <=>
<=> A = Z + N <=>
<=> N = A - Z


  • Representação simbólica de um átomo através do nuclido do mesmo. 



  • O que são isótopos?

Isótopos são átomos do mesmo elementos químico, ou seja, têm o mesmo nº de protões, logo, têm o mesmo nº atómico, mas que têm diferente nº de massa, porque têm diferente nº de neutrões.
  • Formação de iões:





Distribuição electrónica 
distribuição dos electrões (que o
átomo têm) por níveis de energia (n)





Regras da distribuição electrónica:
  • 1ª - Os electrões distribuem-se por níveis de energia (n).
  • 2ª - A distribuição inicia-se no nível de energia mais baixo (n=1)
  • 3ª - O nº máximo de electrões por nível de energia é dado pela expressão:
2n2

Exemplos:
  • 4ª - Quando o 1º nível está totalmente preenchido (com 2 electrões) passa-se para o nível seguinte (n=2). Quando o 2º nível está totalmente preenchido (com 8 electrões) passa-se para o 3º nível (n=3). E assim sucessivamente.
  • 5ª - O nº máximo de electrões no último nível de energia é 8 (excepção para n=1, em que o máximo é 2)

Exemplos de distribuição electrónica:


1H : 1
2He : 2
3Li : 2 – 1
4Be : 2 – 2
5B : 2 – 3
6C : 2 – 4
7N : 2 – 5
8O : 2 – 6
9F : 2 – 7
10Ne : 2 – 8
11Na : 2 – 8 – 1
20Ca : 2 – 8 – 8 – 2
37Rb : 2 – 8 – 18 – 8 – 1  

  • Electrões de valência
(são electrões do último nível de energia)



  • Formação de Iões

Átomo de Sódio (Na)

11Na : 2 – 8 – 1

11 protões = +11
11 electrões = -11

(+11-11=0) - Carga nula 



     11Na : 2 – 8 – 1                                                            11Na: 2 – 8


 
perde 1 electrão


11 protões = +11
11 electrões = -10
(+11-10=+1) - Ião monopositivo


Os átomos só podem perder ou ganhar até 3 electrões, logo, existem iões monopositivos, dipositivos e tripositivos quando perdem electrões e mononegativos, binegativos e trinegativos quando ganham electrões.


  • Conclusão 
Um átomo transforma-se num ião positivo ou negativo, de forma a que no último nível de energia tenha 8 electrões de valência, adquirindo assim máxima estabilidade.
Atenção que o 1º nível fica totalmente preenchido, estável, com 2 electrões.


  • Partículas Isoelectrónicas - são partículas que têm o mesmo nº de electrões.





O tamanho dos átomos

Os valores dos diâmetros atómicos exprimem-se habitualmente num submúltiplo do metro -  o picómetro, símbolo pm.


1pm = 0,000 000 000 001 m


O modelo da nuvem electrónica


O átomo é constituído por duas zonas distintas: o núcleo e a nuvem electrónica.

Na nuvem electrónicaelectrões, partículas com carga eléctrica negativa.
No núcleo há partículas com carga eléctrica positiva - os protões. Existem ainda partículas sem carga eléctrica - os neutrões.

O núcleo dos átomos é responsável pela massa do átomo, tendo carga positiva e de valor igual ao nº de protões que o constituem.
A nuvem electrónica é responsável pelo tamanho do átomo, tendo carga negativa de valor igual ao nº de electrões.




Evolução da estrutura atómica

Ao longo do tempo houve uma evolução dos modelos atómicos, pois os cientistas foram criando imagens dos átomos baseadas nas observações das experiências que iam realizando. Houve os seguintes modelos ao longo do tempo:
Modelo Atómico de Dalton

O professor da universidade inglesa New College de Manchester, John Dalton foi o criador da primeira teoria atómica moderna entre o século XVIII e o século XIX.
No início do século XIX, o cientista, imaginava os átomos como sendo corpúsculos indivisíveis e indestrutíveis.

Dalton
Modelo de Dalton

Modelo Atómico de Thomson
Nos finais do século XIX as experiências realizadas com tubos de descarga revolucionaram o mundo científico.

Quando nos terminais de tubo de descarga, com um gás rarefeito no seu interior, se estabelecia uma grande diferença de potencial, observava-se no seu interior uma fluorescência esverdeada que é independente da natureza do gás e do metal que formava os eléctrodos.

O físico Joseph Thomson, explicou que esta fluorescência resulta de partículas com carga eléctrica negativa provenientes do cátodo que chocavam com o vidro. Esta partículas foram designadas por electrões.
Isto levou-o a imaginar que que os átomos eram corpúsculos de carga positiva onde se encontram dispersos os electrões, com carga eléctrica negativa, em número suficiente para a carga global ser nula. Surgiu, assim, o primeiro modelo de átomo divisível.

Segundo Joseph Thomson:
. Os átomos são divisíveis
. A maior parte do átomo é constituída por uma esfera maciça de carga eléctrica positiva
. No interior do átomo existirão encastrados pequenas partículas de carga eléctrica negativa – Os electrões



Modelo atómico de Rutheford

O modelo de Thomson foi superado após a experiência de Rutherford, quando foi descoberto o núcleo do átomo, originando um novo modelo atómico conhecido como modelo atómico de Rutherford.
No início do século XX, o cientista Ernest Rutherford realizou uma experiência que permitiu imaginar melhor os átomos por dentro. A experiência consistiu em bombardear com partículas uma delgada lâmina de ouro (tendo cerca de 10 000 átomos de espessura).

Durante essa experiência, Rutherford observou que: 
-as partículas, na sua maioria, atravessavam a lâmina de ouro sem sofrer desvio;
-as partículas em número muito menor eram desviadas, chegando a voltar para trás. 

Experiência de Rutherford
1 - partículas que não se desviam 

2 - partículas que se deviam 

3 - partículas que voltam para trás

Concluiu assim que:
-a maior parte do átomo seria espaço vazio (por isso, muitas partículas atravessavam a lâmina sem se desviarem);

-no interior do átomo, haveria uma zona central muito pequena, com carga positiva, onde estaria concentrada toda a sua massa

Segundo Rutherford os átomos são constituídos por:
- um núcleo muito pequeno, com carga positiva onde se concentra toda a massa do átomo;
- electrões com carga negativa movendo-se em volta do núcleo, tal como os planetas se movem em volta do Sol.


Em 1911, Ernest Rutherford propôs assim, o primeiro modelo planetário do átomo.

Modelo Atómico de Bohr
Em 1913, Niels Bohr, completou o modelo de Rutherford com as seguintes ideias:
- Oo eletrões movem-se à volta do núcleo em órbitas circulares;
- a cada órbita corresponde um determinado valor de energia;
- os eletrões com mais energia movem-se em órbitas mais afastadas do núcleo e os que têm menos energia movem-se em órbitas mais próximas do núcleo.


Modelo da Nuvem Electrónica
Actualmente está posta de parte a ideia de órbitas circulares para os electrões.
Os electrões dos átomos movem-se de modo desconhecido, com velocidade elevadíssima, formando uma espécie de nuvem que não é uniforme: a nuvem electrónica.
A nuvem electrónica é mais densa próxima do núcleo, onde é mais provável encontrar os electrões e menos densa longe do núcleo, onde é menos provável encontrar os electrões.
O modelo atómico actual é o modelo da nuvem electrónica. 

sábado, 20 de setembro de 2014

Informação

 Informo aos leitores neste pequeno texto que copiei todos os conteúdos do blog: http://batomico.blogspot.pt/ , pois perdi a palavra passe, mas criei este novo blog onde vou colocar mais informação. 

Arco-íris

 Um arco-íris é um fenómeno óptico e meteorológico que separa a luz do sol no espectro da luz branca (aproximadamente) contínuo quando o sol brilha sobre gotas de chuva. É um arco multicolorido com o vermelho no seu exterior e o violeta em seu interior; a ordem completa é vermelholaranjaamareloverde,azulanil (ou índigo) e violeta. No entanto, a grande maioria das pessoas consegue distinguir apenas seis cores, e o próprio Newton viu apenas cinco cores, e adicionou mais duas apenas para fazer analogia com as sete notas musicais.
 Para ajudar a lembrar a sequência de cores do arco-íris, usa-se a mnemónica: «Vermelho lá vai violeta», em que l, a,v, a,i representam a sequência laranjaamareloverdeazulíndigo. Na língua inglesa é usada a mnemónica roygbiv.
 O efeito do arco-íris pode ser observado sempre que existir gotas de água no ar e a luz do sol estiver brilhando acima do observador numa baixa altitude ou ângulo. O mais espetacular arco-íris aparece quando metade do céu ainda está escuro com nuvens de chuva e o observador está num local com céu claro




As diferentes cores do arco-íris derivam de processos físicos simultâneos que ocorrem quando a luz solar, branca, atravessa gotículas de água presentes no ar e se decompõe em outras cores.

1. Refracção (Ao passar de um meio (o ar) para outro (a gotícula de água), a luz solar sofre uma alteração na sua velocidade e na sua direcção)

2. Dispersão (A velocidade da luz solar altera-se de forma diferente para cada comprimento de onda. Como consequência, os desvios são diferentes. O fenómeno provoca a decomposição da luz em várias cores)

3. Reflexão (No interior das gotículas, a luz do Sol decomposta sofre mudanças de direcção ao incidir sobre a superfície interna da água)

4. Observação (Uma pessoa no solo consegue ver as sete cores do arco-íris (violeta, anil, azul, verde, amarelo, laranja e vermelho) porque as luzes dispersas dentro de cada gotícula seguem em diferentes direcções. A luz branca, é composta de luzes de vários comprimentos de onda, dez de o violeta (que tem cerca de 400 manómetros) ao vermelho (de 700 manómetros). Todas as luzes reflectem e refractam da mesma forma, mas só algumas delas chegam ao observador em função da posição dele.

Olho



Retina: membrana mais interna do olho, onde se encontra o nervo óptico, responsável por enviar os estímulos luminosos ao cérebro. Portanto, é a parte do olho responsável pela formação de imagens, ou seja, pelo sentido da visão. É como uma tela onde se projetam as imagens: retém as imagens e as traduz para o cérebro através de impulsos elétricos enviados pelo nervo óptico.

Cristalinotransparente, avascular, formado por duas superfícies convexas. Tem a função de concentrar os raios luminosos e direcioná-los à retina. É a estrutura responsável por ajustar o foco da visão.

Córnea: É a parte saliente e anterior do globo ocular, protuberante e visível. É totalmente transparente e, juntamente com a esclerótica, forma o envoltório externo do globo ocular.
É um elemento de suma importância no sistema dióptrico do aparelho visual, pois com sua curva acentuada, é o principal meio que faz com que os raios paralelos, que vem do infinito, se convirjam e cheguem juntos à fóvea central.

Íris: É a cor do olho. Trata-se de uma membrana de forma circular com uma abertura circular, no centro, chamada de "pupila. A pupila tem uma aparência preta mas é totalmente transparente e todas as imagens que vemos passam através dela. A íris fica localizada entre a córnea e o cristalino. Ela funciona como se fora uma espécie de diafragma de máquina fotográfica. Quando exposta a muita luminosidade, diminui sua abertura central, e ao contrário, quando exposta a pouca luminosidade, dilata-se, aumentando o tamanho da pupila. A sua função é controlar a entrada de luz no olho e tem papel preponderante na acuidade visual.

Nervo óptico: este nervo tem função sensitiva, captando as informações através dos cones e bastonetes presentes na retina que são estimulados pela luz projetada em objetos. As informações visuais são captadas e enviadas ao lóbulo occipital do cérebro para as áreas 17, 18 e 19 que são responsáveis de processar esta informação, gerando resultados de cor, forma, tamanho, distância e noções de espaço.

Pupila: ou Menina dos olhos é a parte do olho, como um orifício de diâmetro regulável, que está situada entre a córnea e o cristalino, e no centro da íris, responsável pela passagem da luz do meio exterior até os órgãos sensoriais da retina. Localiza-se na parte média do olho, ou úvea e tem por função regular a quantidade de luz que passa para a retina. A pupila é um orifício que regula a entrada de luz. Por ser um orifício, não tem cor, mas sua aparência é preta, pois não há iluminação na parte interna dos olhos.



O globo ocular recebe este nome por ter a forma de um globo, que por sua vez fica acondicionado dentro de uma cavidade óssea e protegido pelas pálpebras. Possui no seu exterior seis músculos que são responsáveis pelos movimentos oculares e também três camadas concêntricas unidas entre si com a função de visão, nutrição e proteção.

A camada externa é constituída pela córnea e serve para proteção. A camada média ou vascular é formada pela íris, a coróide, o cório ou uvea, e o corpo ciliar.
A camada interna é constituída pela retina que é a parte nervosa.

Existe ainda o humor aquoso que é um líquido incolor e que existe entre a córnea e o cristalino. O humor vítreo é uma substância gelatinosa que preenche todo o espaço interno do globo ocular também entre a córnea e o cristalino. Desta forma é possível manter a forma esférica do olho.

O cristalino é uma espécie de lente que fica dentro de nossos olhos. Está situado atrás da pupila e orienta a passagem da luz até à retina. A retina é composta por células nervosas que levam a imagem através do nervo óptico para que o cérebro as interprete.

O cristalino adapta-se de forma a permitir que possamos ver corretamente os objetos que se encontram à nossa volta. Quando os objetos estão mais próximos o cristalino fica mais espesso, e para objetos mais distantes ele torna-se mais delgado. A esta adaptação chamamos acomodação visual.

O olho ainda apresenta, as pálpebras, as sobrancelhas, as glândulas lacrimais, os cílios e os músculos oculares. A função dos cílios ou pestanas é impedir a entrada de poeira e o excesso da luz. As sobrancelhas também têm a função de não permitir que o suor da testa entre em contato com os olhos.

A membrana conjuntiva é uma membrana que reveste internamente duas dobras da pele que são as pálpebras. São as responsáveis pela proteção dos olhos e por espalhar o líquido que conhecemos como lágrima. Esse líquido é produzido nas glândulas lacrimais e a sua função é lavar e lubrificar o nosso olho.

O ponto cego é o lugar de onde o nervo óptico sai do olho. É assim chamado porque não existem, no local, receptores sensoriais, não havendo, portanto, resposta à estimulação.

Luz

  • Sinais luminosos
Um sinal luminoso é toda e qualquer forma de comunicar usando a luz. Os sinais luminosos são usados em faróis, semáforos, anúncios, etc.

  • Propagação da luz 
 A luz propaga-se em linha recta e radialmente em todas as direcções num meio isotrópico.

 A luz propaga-se em linha recta em todas as direcções, sempre que a sua velocidade de propagação seja constante num dado meio - meio isotrópico.

  Cada uma das direcções rectilíneas segundo a qual se propaga a luz chama-se raio luminoso.  Ao conjuntos de raios solares chama-se feixe luminosoAs fontes luminosas emitem feixes de raios luminosos.

  • Classificação dos feixes luminosos 





- Convergentes (o feixe de luz converge (concentra-se) num só ponto)
Ex.: os raios incidem numa lupa e convergem para um só ponto.





- Divergente (o feixe de luz diverge a partir de um ponto da fonte)
Ex.: a luz dos faróis do carro divergem.






- Paralelos (o feixe de luz propaga-se sempre com os raios paralelos entre si).
Ex.: A luz incide sobre a cantora 







  • Ao propagar-se, a luz pode atravessar materiais transparentes e translúcido, mas não atravessa os materiais opacos
- Material opaco - quando o material recebe toda a luz e não se vê o que esta a traz,  ou seja, a luz não atravessa o material;
- Material translúcido - quando pouca parte da luz atravessa o material, vendo-se apenas uma sombra;
- Material transparente - quando o material recebe a luz e atravessa o material transmitindo parte da luz.

 Devido à propagação rectilínea da luz, sempre que um feixe de luz é interceptado por um material opaco, surge uma zona de sombra ou umbra e uma zona de penumbra. A sombra é totalmente escura porque não recebe luz nenhuma; da zona de sombra não se vê a fonte luminosa. A penumbra não é totalmente escura, apresenta uma claridade variável; da zona de penumbra vê-se uma parte da fonte luminosa.




  • Corpos luminosos e iluminados 

 As fontes de luz podem ser: naturais (ex.: sol, estrelas, pirilampo...) ou artificiais(ex.: lâmpadas, lanternas, lazeres...).
 Todos os corpos que produzem ou têm luz própria são denominados corpos luminosos.  Outros objectos que não possuem luz própria chama-se corpos iluminados ou não-luminosos. Estes reflectem ou transmitem a luz que recebem de um corpo luminoso.   

  • Triângulo da visão  
 Ver um objecto implica a existência de três aspectos fundamentais, que constituem otriângulo da visão: o objecto, uma fonte luminosa que ilumine o objecto e um retector de luz.


Triângulo da visão 



  • Reflexão da luz 

reflexão da luz é a mudança de direcção ou de sentido que ocorre quando os raios luminosos incidem em certas superfícies, continuando a luz a propagar-se no mesmo meio (meio óptico). Nas superfícies polidas, como as águas calmas de um lago, ocorre a reflexão regular da luz, que se pode designar simplesmente como reflexão da luz. Nas superfícies rugosas, como as águas agitadas de um lago (depois da queda de uma pedra), ocorre a reflexão difusa da luz ou, simplesmente, difusa da luz. 

  • Leis da reflexão da luz
- o raio incidente, o raio reflectido e a normal estão no mesmo plano;
- os ângulos de incidência e de reflexão são iguais (têm a mesma amplitude).




raio incidente - raio luminoso que incide sobre a superfície.
raio reflectido - raio luminoso que é reflectido pela superfície.
normal - linha imaginária que é perpendicular  à superfície no ponto de incidência.
ângulo de incidência - ângulo definido pela normal e pelo raio incidente. 
ângulo de reflexão - ângulo definido pela normal e pelo raio reflectido.


Quando a superfície é polida, todos os raios paralelos de um feixe são desviados na mesma direcção e ocorre a reflexão regular da luz. Quando a superfície é rugosa, os raios paralelos de um feixe são desviados em direcções diferentes, porque em todos os raios daquele incidem com o mesmo ângulo, devido às rugosidades da superfície, dá-se a difusão da luz. 


  • Formação de imagens num espelho plano 

 As imagens obtidas em espelhos planos têm as seguintes características:
  • são direitas e do mesmo tamanho que o objecto;
  • estão à mesma distância do espelho que o objecto; 
  • são virtuais, pois não se conseguem projectar num alvo;
  • são lateralmente invertidas (simétricas), isto é, a parte esquerda da imagem corresponde à parte direita do objecto;


  • Espelhos esféricos 
 Os espelhos esféricos podem ser côncavos ou convexos. Nos espelhos côncavos, a superfície polida é a parte interior de uma superfície esférica. Nos espelhos convexos, a superfície polida é a parte exterior de uma superfície.



- a) - côncavo
- b) - convexo 
- R - raio 
- V - vértice 
- F - foco 
- C - centro de curvatura 

 Nos espelhos côncavos, os raios incidem paralelos ao eixo principal, quando são reflectidos convergem para um ponto, que se designa foco principal do espelho.


 Nos espelhos convexos, os raios incidem paralelos ao eixo principal quando são reflectidos divergem. Os prolongamentos dos raios reflectidos encontram-se num ponto, ofoco principal do espelho.
 Este é um foco virtual, porque não pode ser projectado. Forma-se no prolongamento dos raios reflectidos, para trás do espelho.

 As características das imagens obtidas com espelhos côncavos depende da posição do objecto em relação ao espelho. Nos espelhos convexos, as características da imagem não dependem da distância entre o objecto e o espelho.




  • Refracção da luz
 A refracção da luz é o fenómeno que ocorre quando a luz passa de um meio óptico para outro, onde a velocidade de propagação é diferente. Em geral quando a luz é refractada dofre uma mudança de direcção.



-  Raio incidente - raio luminoso que incide sobre a superfície de separação dos meios.
-  Raio refractado ou transmitido - raio luminoso que se propaga no segundo meio.
-  Normal - linha imaginária que é perpendicular à superfície no ponto de incidência.
-  (i) ângulo de incidência - ângulo definido pela normal e pelo raio incidente.
(r ou t) ângulo de refracção - ângulo definido pela normal e pelo raio refractado (transmitido).   


- verifica-se que:

  • o raio refractado aproxima-se da normal quando a velocidade no segundo meio é inferior à velocidade no primeiro meio; caso contrário, afasta-se da normal;
  • não há mudança de direcção quando o raio incidente é de 0º, ou seja, quando o raio incide perpendicularmente à superfície de separação de meios.



  • Reflexão total
 A reflexão total é um fenómeno que ocorre quando a luz incide, com um ângulo superior ao ângulo crítico, na superfície de separação de dois meios, sendo a velocidade de propagação da luz menor no meio onde a luz está a propagar-se.






  • Fibras ópticas  
 As fibras ópticas são tubos finíssimos feitos de vidro ou de plástico, nos quais a luz se propaga sem transmitir para o exterior, devido ao fenómeno de reflexão total.
 As fibras têm aplicações nas telecomunicações e na medicina. 


  • Lentes
 As lentes são corpos transparentes, limitados por um ou duas superfícies curvas.

- Lentes convexas ou convergentes 
Ex.: lupa



O centro é expeço e os extremos delgados 
- A imagem depende da distância a que o objecto se encontra. O caso que estamos a estuda o objecto encontra-se entre a lente e o foco e esta é:
  • virtual
  • direita
  • maior do que o objecto 


- Lente côncava ou divergente 
 Ex.: lentes dos óculos das portas exteriores das casas.




- O centro é delgado e os extremos expeços
- A imagem não depende da distância e esta é:
  • direita
  • virtual
  • menor do que o objecto


  • Constituição do olho humano
- Humor aquoso
- Humor vítreo 
- Esclerótica 
- Córnea 
- Íris 
- Pupila 
- Cristalino 
- Retina 
- Nervo óptico 


  • Defeitos de visão  
 A maior parte dos defeitos de visão devem-se as anomalias na focagem da luz na retina, sendo consideradas por anomalias refractivas. Os problemas de visão mais comuns são:
- Miopia - a imagem é focada à frente da retina (vê-se mal ao longe); Esta é corrigida com lentes divergentes;
- Hipermetropia - a focagem da imagem é feita atrás da retina (vê-se mal ou perto); Esta é corrigida com lentes convergentes;
- Astigmatismo - focagem deficiente devido a curvatura irregular da córnea;
- Presbiopia - o cristalino perde a capacidade de focar.


  • Dispersão da luz 
O fenómeno que ocorre quando a luz branca se decompõem nas diferentes radiações monocromáticas.


  • Espectro da luz branca 
É o conjunto das radiações de cores (vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta).


  • Arco-íris 
Este surge devido à dispersão da luz branca nas gotas de água.


  • A cor e a luz
Um corpo absorve, reflecte e transmite determinadas radiações 

- cores primárias dos pigmentos 
  • amarelo
  • ciano (azul claro)
  • mangenta
- cores primárias ópticas 
  • vermelho 
  • verde
  • azul

 A sobreposição da luz verde, luz vermelha e luz azul de igual intensidade origina luz branca. A sobreposição de duas cores primárias origina uma cor secundaria:
  • vermelho + verde = amarelo
  • vermelho + azul = mangenta
  • verde + azul = ciano 


 Uma cor primária e uma cor secundária que não lhe deu origem são cores complementares, sobrepondo duas cores complementares obtém-se o branco.

 Os objectos pretos são aqueles que absorvem todas as radiações do espectro visível e os objectos brancos reflectem todas as radiações do espectro visível.

- um objecto opaco apresenta (reflecte) a cor complementar daquela que preferencialmente absorve 
- um objecto transparente apresenta a cor complementar daquela que absorve 

  • Luz como onda electromagnética 
 A luz é uma onda electromagnética e, como tal, propaga-se no vazio. Pode definir-se período, frequência, comprimento de onda e amplitude.
 Além da luz vísivel fazem parte do espectro electromagnético muitas outras radiações (ondas de rádio, microondas, infravermelho, ultravioletas, raios x, raios y).